sexta-feira, 20 de junho de 2008

Reconheça o Centro histórico da cidade através dos pontos em Negrito

Creditos de foto: Eduardo Siqueira
O Memorial da Cidade é o espaço de palcos reservados para shows, exposições, apresentações e palestras. O lugar é identificado pelo seu projeto arquitetônico futurista, tanto no formato, quanto no material, seu desenho faz alusão ao Pinheiro do Paraná. O Memorial foi criado em 1996.
Até 1737, Igreja Nossa Senhora do Terço. Posteriormente passou a se chamar Igreja da Ordem, pois fora adquirida pela Ordem Terceira de São Francisco de Chagas. Com a situação da Catedral demolida, em 1880 foi necessária a restauração da igreja da ordem, pois fora anunciada a vinda de D. Pedro II a Curitiba. Há menos de uma semana antes da chegada do imperador e sua comitiva, a igreja estava pronto. Anexo à igreja está o Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba, inaugurada em 1981.
Subindo um pouco mais pela rua de paralelepípedos é possível ver de onde sai a imensa torre. É a Igreja Presbiteriana, que ficou pronta em 14 de abril de 1935. A construção marca a época da divisão da Igreja Presbiteriana tradicional ocorrida no Brasil em 1903. Projetada e construída no estilo Neoclássico, é a primeira das quatro Presbiterianas independentes de Curitiba.
Ao lado da igreja está a Fundação Cultural de Curitiba. A construção já foi moradia de famílias importantes de se lembrar. Entre elas a Joaquim Monteiro de Carvalho, integrante da junta governativa do Estado até 1892 e a família Bianchi, que lá permaneceu no período de 1914 a 1956. Em 1887 era sede do Corpo da Polícia. Foi sede do quartel-general dos revolucionários na em 1893 até o ano de 95 do mesmo século. A fundação só tornou-se o que é hoje após a aquisição e restauração por parte do município de Curitiba em 1974.
E tem mais uma igreja. Não há registros sobre a data de construção desta, mas presume-se que a Igreja de Nossa Senhora do Rosário tenha sido edificada no período que vai desde o lançamento da pedra fundamental da Igreja da Ordem, em 1737 até 1762. A igreja do Rosário funcionou como Matriz no período 1876 a 1893. Até 1880 a igreja era a única opção dos aristocratas e escravos que foram obrigados a rezar juntos, por conta da demolição da antiga catedral. Isso foi até o ano de 1880 quando a Igreja da Ordem teve de ser restaurada por conta da visita do Imperador.
O Relógio das Flores foi um presente da extinta relojoaria M. Rosenmann. Com quatro metros de raio foi inaugurado em 1972. Opera com informações de um relógio-comando, que está instalado na igreja do Rosário. Junto com a casa de máquinas, está um reservatório de água com capacidade para 1000 litros. Sempre que as luzes se apagam, o sistema aciona uma bomba elétrica automática que irriga as flores.
A Sociedade Garibaldi surgiu como entidade de auxílio aos imigrantes vindos da Itália, foi ocupada pelo governo em 1942, durante a 2ª Guerra Mundial. A Guerra motivou os populares a depredarem tudo e qualquer coisa que estivesse ligado à Alemanha e à Itália. Com isso, foram perdidos documentos, móveis e quadros. Após ser sede do TJ e do TER, foi restaurado em 1996.
No alto do São Francisco está a Praça João Cândido, nome de rebatizmo em homenagem ao ex-presidente do Estado. Tivera por nome, Praça do Observatório, devido à proporcionar visão privilegiada das lutas ocorridas na Revolução Federalista em 1893. Ao lado da praça está o Museu de Arte do Paraná.
As Ruínas de São Francisco são as que mais provocam dúvidas e polêmica. As obras nunca foram concluídas e o que deveria ser uma igreja, tornou-se um cerco de lendas. Muitas estão ligadas a fantasmas e a constantes mortes de operários da obra além da falta de material. Uma das lendas diz que o assassino seria um índio fantasma que estaria protegendo o local sagrado, isto se deve a descoberta de um cemitério indígena no local. As ruínas no alto do São Francisco são o único imóvel inacabado tombado pelo Patrimônio Estadual.
O Belverde foi inaugurado em 1915 e foi construído para oferecer a população um lugar para tomar café. Em 1922 foi sede da primeira emissora de rádio do Paraná e a 2ª do Brasil, a rádio PRB-2. Depois de 9 anos virou observatório astronômico e meteorológico.

Fundada em 1883, a Sociedade Beneficiente Protetora dos operários tinha o objetivo de amparar e mobilizar os operários. É pauco de inúmeras passeatas que reuniam milhares de pessoas dentre os anos 60 e 80. Ganhou fama pelos desfiles Gays durnte o carnaval. Após um incêncio em 2000, teve sua estrutura restaurada.
O ponto mais utilizado hoje é a Galeria Júlio Moreira. Sob a travessa Nestor de Castro, protege quem precisa atravessá-la.Além dos pequenos comérios, ali embaixo está o Teatro universitário de Curitiba, solicitação dos jovens atendida e com a obra terminada em setembro de 1976.
A Casa Vermelha na verdade era cinza, ganhou este nome quando foi pintada com uma forte tinta vermelha que chamava muito a atenção de quem passava pelo local. A casa é um vestígio da época em que havia casas de ferragem na cidade, fora uma delas até o ano de 1993, ano em que encerrou as atividades e que a prefeitura incorporou ela ao patrimônio. Neste ano foi o presente de Curitiba, que fazia 300 anos e teve a casa como brigo de uma exposição homenageando o aniversário.
O Largo da Ordem já foi o pátio de comércio dos colonos e imigrantes que produziam e traziam os produtos ao centro da cidade. No local havia um chafariz, bem no centro, mas que com a instalação foi demolido. No lugar foi feito um bebedouro, que teve alterações no formato. O largo abriga uma bela história de casarões e e espaços cultural e comercial.
A Casa Romário Martins é considerada a mais antiga de Curitiba, ainda com traços da colônia portuguesa. O nome é uma homenagem de um historiador curitibano, cujo primeiro nome é Alfredo, foi ele o responsável pela criação oficial da data em que comemora-se o aniversário da cidade, 29 de Março.
Marlon César

Lembranças do Largo

O Largo da Ordem esconde uma face sombria. Nas madrugadas, em qualquer dia da semana, viciados se reúnem para o consumo de drogas. Esta história se repete há muitos anos.

"Eu saía de casa e passava quatro, cinco dias fora de casa. Dormia nos bancos ou na grama".Este é o depoimento de Vilma Ferreira Leite, 42 anos, que no início dos anos 80 passava dias perambulando pelo Largo com um grupo de viciados. "Na época tinha um lugar de rock chamado Operário. Lá eu começava a usar drogas, geralmente na sexta à noite, só parava na segunda". Ela conta que já viu muita coisa no lugar, como pessoas tendo crises pelo excesso de uso de drogas, jovens apanhando de seus pais quando encontrados, pessoas fazendo suas necessidades fisiológicas ali mesmo, na rua. "Não foi uma boa época pra mim. Não guardo boas lembranças deste lugar. Algo de bom pode ter acontecido ali naquela época, mas não comigo". Hoje Vilma parou de usar drogas. Constituiu família e procura não relembrar o passado.



Histórias como essas não são difíceis de encontrar. O Largo é um local tradicional para o encontro de estudantes, professores, estudiosos e pessoas de todos as tribos, porém, também reúne viciados e moradores de rua e acaba sendo conhecido por muitas pessoas como Largo da Desordem.

Apesar dos pesares, nossa persongem Vilma, quando indagada sobre o que pensa do local responde com um sorriso: "Não foi bom pra mim naquela época, mas a culpa foi minha. Eu acho o Largo da Ordem um lugar lindo, com várias atrações culturais. Até a noite de lá é atraente, para quem sabe aproveitar".

Jaquelyne Carlin

Ruínas de São Francisco palco a céu aberto




Créditos das fotos: Sonner Machado
Não é de hoje que o famoso escadão se tornou um espaço para a cultura no Largo da Ordem conhecido com as Ruínas de São Francisco. Nas agendas culturais de Curitiba o palco aparece de tomas as páginas dos jornais, revistas e site. O festival de Teatro de Curitiba sempre apresenta peças para o público neste local. Ultimamente este espaço anda sempre utilizado pelos adeptos da cultura Hip Hop. O evento Expresso da Rima funciona o último domingo de cada mês. Já a ter em média quase 800 pessoas por evento. Segundo o organizador Will Capa Preta o evento está sendo realizado mais ou menos a um ano “Cada vez que tem o Expresso da Rima está vindo mais gente daqui uns dias teremos que usar outro espaço, se continuar a vir nesta proporção de pessoas.”
O evento é gratuito e segundo Will já que a prefeitura não faz nada para a juventude da cidade alguém tem que fazer. Ele faz parte da Ong Frente Revolucionárias da Favelas , possui um blog na internet chamado FrenteFavelas. Quando possui tempo faz a postagem no Blog. A idéia da FRF é se organizar, só assim a revolução irá começar.
Para participar do evento basta entregar em contato com o pessoal da organização com o tempo o seu grupo será chamado para tocar. O Expresso da Rima é todo o último domingo de cada mês e começa as 14:00 min. Embaixo da escada funciona mais uma das galeria de artes que existem no Largo da Ordem o funcionamento segue o horário da feira. Nos finais de semana e dia de semana começas a 9:00 indo até as 11:30 retornando as 14:00 ás 17:30 min.
Eduardo Siqueira

Igreja dos Negros





Crédito de fotos: Eduardo Siqueira
Já ouvi está história contada por alguns militantes do movimento Hip Hop que a igreja do lado do Cavalo babão foi construída pelos negros. Porque os negros não podiam freqüentar a catedral e nem a igreja do lado do Bebedouro, para não manchar a imagem do Largo. Procurei em diversos livros alguma coisa que contava algo do gênero, mais foi em vão, fiz uma grande pesquisa até na Casa da Memória mais também não foi encontrada nada. Quando pisei na igreja vi uma matéria que sai agora recente na Gazeta do Povo e não é mentira a história ela é real. Deixei o mesmo titulo para quem quiser procurar e ler a matéria basta colocar no site do jornal e vai na busca e digite o mesmo título da matéria do blog. Lá encontrará algumas fotos antigas do da famosa Igreja de Nossa Senhora do Rocio. A matéria do jornal foi assinada pelo jornalista Cid Destefani no dia 1805/2008.
Foram mesmo os negros que construíram a igreja não só essa como as outras três igrejas a Catedral e a Igreja da Ordem. A igreja que os escravos freqüentavam era antigamente a chamada Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Os freqüentadores foram mudando conforme o tempo e o que permanece na Igreja ainda é a Santa. Essa foi a segunda igreja construída na cidade também. Após a presença dos polacos no começo de 1904 o então Monsenhor Celso Itiberê assume o cargo de vigário-geral da Diocese de Curitiba em 1909 onde permaneceu até 1930.Ele foi responsável pela construção da Igreja do Rosário. No seu interior têm os restos mortais do Monsenhor. Celso. Na frente da foi colocado um busto. Que nos anos 90 foi retirado para colocar hoje a famosa estatua do Cavalo Babão. Na época o povo não gostou muito da mudança.
Eduardo Siqueira

Anos 90 os jovens começam a freqüentar os bares do Largo da Ordem

Fotos por André Corradini (Pássaro Aka Bird)


A cidade ia crescendo aos poucos, nos anos 90 Curitiba não chegava nem a 500 mil habitantes. Não tinha muitas opções de lazer dentro cidade o curitibano contava nos dedos as opções existiam nesta época, que eram; o Parque Barigui, Shopping Mueller, Passeio público. O prefeito de 89 estava começando a fazer o seu planejamento dentro da cidade então lazer era super-limitado. Mas o famoso Largo da Ordem começava a se tornar o principal “point” dos jovens. O problema eram os moradores da região que não gostaram nenhum pouco da presença dos jovens. Foram publicadas várias matérias a respeito das bagunças promovidas pela juventude. Guilherme Artigas estudante conta como era o Largo nos anos 90: “Tinham bares um do lado do outro, na parte de cima do largo ali o Tubas é do lado do Fire Fox que até hoje esta no mesmo lugar”.
“Onde funcionou por muito tempo a academia do famoso mestre Noguchi( academia conceituada de Muai Thay) Mas ante de se tornar o maior celeiro de Muai Thay dentro da cidade era um bar e dos bons o Bar se chamava Amnésia.”
Guilherme também lembra muito das brigas que sempre rolava esse também era o motivo que os moradores não gostavam da presença maciça dos jovens no ponto histórico de Curitiba.
“O que rolava era que não eram raros o desentendimento e a pancadaria entre punks do Tubas e playboy do Amnésia. Essa diferença de classe social e de idéias era muito gritante e de estilos um do lado do outro.
“Não posso deixar de mencionar o famoso Circus que funcionava lá em baixão praticamente no começo do Largo da Ordem hoje na Rua São Francisco.”
Os estilos diferenciados também era presença visível dentro do Local. “Tinha muitos e como tinha os metaleiros dominaram depois velho”.
O Circus era o principal reduto underground da cidade
Skatistas, punks, roqueiros, moderninhos todos os estilos que se integravam no chamado underground se juntavam ali menos a playboyzada que naquela época usava blazer. Os caras com 15 anos de idade usavam blazer e gel no cabelo.
Ae tinha o Saci ali, que era MPB e é até hoje (é bem no meio ali do largo).
Do lado dele teve um bar dos punks e dos doidões o Bills que era o lugar mais malvado do Centro. Tinha o Hangar também o bar dos roqueiros cabeludos meio have metal
era na mais pro lado da Muricy bem lá em baixo. As brigas rolavam mesmo porque os playboy era tudo almofadinhas os caras se achavam pra caralho, tudo empetecado e os punks não gostavam disso então imagina o que rolava quando se encontrava e um queria ser mais que outro, nem preciso terminar né? Hoje a Chute Boxe tem nome fora do país com atletas de grande respeito, mas no Largo os cara gostavam de mostrar suas artes, este é um dos motivos que o curitibano demorou pra aceitar e reconhecer o trabalho hoje sério desta equipe de vale-tudo. Na época batiam o cartão lá e também as porradas várias mesmo.
Basicamente era isso o Largo. Os jovens iam chegando aos poucos para pesadelos dos moradores, as casas noturnas foram se instalando no local. A presença de carros também era forte, o som ficava no último volume. Na época o Detran na era tão rigoroso como é nos dias hoje. Com o tempo os moradores foram se deslocando da região, para conseguir ter sossego. Como o tempo á violência foi tomando o local e hoje a prefeitura atual na mão do então prefeito de Curitiba Beto Richa está tentando restaurar todo o Largo e retirar a imagem negativa que o lugar está tendo pelo grande aumento de prostituição e tráfego de drogas também. Os comerciantes reclamam que se houvesse mais segurança teriam mais clientes e as vendas aumentariam.
Eduardo Siqueira

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Feirinha do Largo

No início da década de 70 a feira idealizada por alguns poucos artistas da cidade e originalmente instalada na praça Zacarias, foi transferida para o Largo da Ordem. A feira era conhecida, porém, ainda estava por alcançar umagrande representação e reconhecimento na cidade de Curitiba.O planejado era que a feirinha fosse do Largo à Praça Garibaldi, mas em 1997 já havia se expandido todo o percurso da Rua Barão do Cerro Azul até a Rua Nestor de Castro, e já ocupava parte das ruas Mateus Leme e 13 de maio. Foi aí quede "feirinha" ela passou a ter apenas o nome.


Hoje a feira conta com mais de 700 artesãos autorizados, sendo que 70%deles vivem exclusivamente da renda destes domingos.Conhecida no início como "Mercado das Pulgas", hoje a Feirinha é um dos orgulhos do povo curitibano. É uma parte dacidade conhecida como o "rebuliço cultural", na verdade, todo o Largo da Ordem é conhecido assim. Ali, alunos daEscolhinha de Arte do Colégio Estadual do Paraná montaram um atelier, os alunos de jornalismo da UFPR distribuem seu jornal mimeografado.

A população possui um carinho especial tão grande pela Feirinha, que em 91, quando o vereador Doático Santos tentouaprovar um projeto que vetava o evento, uma mobilização, liderada pela Associação de Artesãos de Curitiba, impediuque o projeto vingasse.Além dos produtos artesanais que são contemplados e comprados, também existem diversos músicos que se apresentam na feira como os grupos de choros e os conjuntos latino-americanos. A gastronomia também está presente, em diversasbarracas com comidas tipicamente brasileira.

A Feirinha funciona todos os domingos das 09:00 às 14:00 horas. Garantimos que este "rebuliço cultural" vai te encantar.


Jaquelyne Carlin

NARDO, O CAIPIRA - Estátua Viva no Largo da Ordem - Curitiba

No Largo da Ordem encontramos muitos artistas, e o que mais o público observa são as estátuas vivas. Veja o Nardo,O caipira pelo vídeo do youtube.

Caio de Alencar Coelho